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Tiradentes esquartejado, pintura
de Pedro Américo de Figueredo e Melo, 1893.
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Tiradentes (1746-1792),
líder da Inconfidência Mineira e primeiro mártir da independência, Joaquim José
da Silva Xavier nasceu em Minas Gerais, filho do proprietário rural português
Domingos da Silva Santos. Antes mesmo de frequentar a escola, já havia aprendido
a ler e escrever com a mãe. Órfão de mãe aos nove anos e de pai aos 15, ficou
sob a tutela de um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já
adulto, foi tropeiro, mascate e dentista prático (daí o apelido); trabalhou em
mineração e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no
Regimento de Cavalaria Regular. Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato
com as ideias iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência
Mineira, a primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua
intenção de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de
emancipação política do Brasil. A revolta foi motivada ainda pela decisão da
coroa de cobrar a derrama, um dívida em atraso desde 1762. A conspiração foi
delatada por Joaquim Silvério dos Reis e todos os seus participantes foram
presos. Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo
o único conspirador condenado à morte. Enforcado em 21 de abril de 1792, teve
seu corpo esquartejado e exposto em praça pública.
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi o
único conspirador da Inconfidência Mineira condenado à morte pelo Estado
português, que com sua punição exemplar procurava desencorajar qualquer revolta
contra o regime colonial. Tornou-se mártir da Independência e da República.
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